Bairro da Mooca


Largo São Rafael - Mooca - década de 60 foto de Toninho Gusman.


Matéria do G. E. Juventude da Mooca no jornal A Gazeta Esportiva em 28/06/1962.

Av. Paes de Barros nº 1582 residência da família Relvas na década de 40.

Av. Paes de Barros nº 1582 residência da família Relvas na década de 40.

Jornal República da Mooca reportagem da Av. Paes de Barros com a Família Relvas 1999.

Jornal República da Mooca reportagem da Av. Paes de Barros com a Família Relvas 1999.

Jornal República da Mooca reportagem da Av. Paes de Barros com a Família Relvas 1999.

Reportagem Jornal República da Mooca 1998.

Reportagem Jornal da Zona Leste 1997.

Reportagem Jornal da Zona Leste 1997.

Reportagem Jornal da Zona Leste 1997.

Reportagem Jornal da Zona Leste 1997.

1º Troleibus com faixa exclusiva na Av. Paes de Barros em 1980.

1º Troleibus com faixa exclusiva na Av. Paes de Barros em 1980.


Flamula do Juventude da Mooca fundado em 02/01/1950.
 
Juventude da Mooca 1960 no campo do Democratico.

Juventude da Mooca 09/04/1961 jogo realizado na cidade de Santa Branca.
Juventude da Mooca 1960 no campo do Democratico.
Parque de diversões Shanghai na Mooca anuncio de jornal em 1945.


A BANDEIRA:  Bandeira assim se descreve: retangular,de azul,com uma cruz firmada de branco,tendo brocante sobre o cruzamento de seus ramos,um círculo de branco,carregada do Brasão de Armas do Bairro da Mooca.
O azul e o branco se revestem do mesmo simbolismo referido para os esmaltes do Brasão de Armas.sendo de se notar,entretanto que o branco das bandeiras corresponde ao metal prata dos brasões de armas.A cruz é símbolo de fé e o circulo,de eternidade,pois se trata de figura geométrica que não tem princípios nem fim,salientando o propósito dos moradores do bairro de perpetuar a existência deste.
  


MOOCA BRASÃO DE ARMAS E SUA BANDEIRA : Biblioteca Municipal Afonso Taunay - Mooca,um dos polos culturais do bairro, foi palco da cerimônia de apresentação da Bandeira e do brasão da Mooca. O movimento de apoio à idéia foi encabeçado por Eugênio Luciano Jr. e contou com a participação de todas as entidades comunitárias,de serviços e religiosas do bairro O Brasão de Armas e a Bandeira do bairro da Mooca é de autoria do heraldista e lexilólogo,Dr. Lauro Ribeiro Escobar,quem assim descreve o brasão:"escudo ibérico, de blau,com uma ponte de três arcos e duas torres,encimada de um cavalo espantado, acompanhando de uma roda dentada à dextra e uma cruz pátea à sinistra,tudo de prata, e assente em um rio de blau,ondado de prata.O escudo é encimado de coroa mural de prata,de quatro torres,suas portas abertas de goles,carregada ao centro do escudo das Armas do Município de São Paulo e é ladeado,à dextra,de um índio de carnação com os ornatos típicos e à sinistra,da fígura de um imigrante,baseada no comerciante Carlos Romanato.Listel de Blau,com o topônimo "MOOCA", de prata".




Av. Paes de Barros com uma prova de ciclismo década de 40.


História
A sua fundação teve início em 17 de Agosto de 1556, á apenas 56 anos após o descobrimento do Brasil. Na época as terras eram ocupadas por índios que se concentravam próximo ao Tameateí ou Tometeri, hoje o Rio Tamanduateí. O nome do bairro é de origem indígena. A versão mais aceita é de que ele teria surgido no século 16, quando os primeiros habitantes brancos começaram a construir suas casas na região, e sob o olhar curioso dos índios, que exclamavam "Moo-oca!", numa tradução livre algo como "Eles estão fazendo casas!" - moo = (fazer) e oca = (casa).

O bairro foi um dos principais cenários da atividade política e revolucionária no Brasil, decorrente de sua natureza industrial, cujos trabalhadores eram proletariados e imigrantes, oriundos de países com um emergente pensamento socialista.
O ativismo comunista e anarquista era intenso. A confluência da avenida Paes de Barros, rua da Mooca, rua Taquari e rua do Oratório era conhecida como Praça Vermelha. Seus moradores também cruzaram o Rio Tamanduateí e puderam participar da "Queda da Bastilha" no bairro do Cambuci, ocorrida em 30 de outubro de 1930, com a finalidade de por fim ao tratamento desumano da delegacia da rua Barão de Jaguara, local onde eram confinados sindicalistas e "agitadores".
A Mooca já era, até então, um bairro valorizado. Juntamente com o Largo São Francisco e o Largo São Bento, constituía ponto de passagem de carros, puxados por animais.
Na época, este meio de transporte era uma inovação e logo São Paulo começaria a se transformar com a chegada da estrada de ferro Inglesa, com um ramal se estendendo pela Rua dos Trilhos até o bairro do Hipódromo.
O bairro foi aos poucos se formando; o local que era cheio de chácaras e sítios logo passou a ser ocupado por fábricas e usinas, além de casas de moradias para seus operários. Assim é que entre 1883 e 1890 instalaram-se algumas fábricas de massa como Carolina Gallo, Rosália Médio, Romanelli e outras.
Em 1891, o casal Antônio e Helena Zerrenner fundaram a Companhia Antarctica Paulista.
Não só de trabalho viviam os moradores do bairro. Em 1923 foram inaugurados o Cine Teatro Moderno, o Cine Santo Antônio, em seguida o Cine Aliança, o Imperial, o Icaraí (mais tarde Ouro Verde) e o Patriarca.
Outro lazer, aliás, prazer dos mooquenses, era o "footing", realizado aos sábados e domingos, entre a Rua João Antônio de Oliveira e a Avenida Paes de Barros, onde as moçoilas desfilavam aos grupos, enquanto os rapazes sem namoradas ficavam apreciando e esperando por algum olhar convidativo. Com essa farta oferta de lazer e com um significativo número de boas lojas, o mooquense dificilmente saia do bairro. 
A Mooca se caracteriza por uma intensa ocupação de italianos, cujos descendentes não abandonaram o distrito. Outras imigrações importantes foram de lituanos e iugoslavos. Um nome intimamente ligado ao bairro é o do italiano Rodolfo Crespi, dono da que chegou a ser a maior tecelagem de São Paulo, o Cotonifício Crespi, fundado em 1896. Sucessivas ampliações da fábrica foram acompanhadas por construção de moradias para seus funcionários. Assim como a família Crespi, boa parte dos operários era de origem italiana. Desde 2006 o complexo fabril do antigo cotonifício é ocupado pelo hipermercado Extra, que promoveu um projeto polêmico e agressivo de reabilitação e ampliação dos edifícios, alterando sua integridade arquitetônica e construtiva.
Entrada do Estádio do Juventus.
A imigração italiana está presente também nas tradições gastronômicas do bairro que, entre muitas cantinas, pizzarias e docerias, conta com alguns importantes nomes, como a doceria Di Cunto, a pizzaria São Pedro, a Pizzaria do Ângelo e o restaurante Don Carlini.
Sendo uma região de passado industrial, foi uma das áreas da cidade onde se concentraram os imigrantes, em especial os italianos, que imprimiram certas marcas características no bairro como algumas festas típicas, tais como a Festa de San Gennaro. O distrito abriga hoje o Memorial do Imigrante que traz informações sobre a imigração italiana no Brasil. Atualmente é um distrito que ainda concentra algumas indústrias na cidade, mas é predominantemente residencial de classe média e de serviços. O distrito ainda sedia a Universidade São Judas Tadeu e o tradicional Clube Paulistano, o Clube Atlético Juventus.
Fachada do Memorial do Imigrante.
Símbolo da imigração italiana, o tradicional Clube Atlético Juventus, fundado no dia 20 de abril de 1924 por funcionários do Cotonifício Rodolfo Crespi. Os grandes patronos do Clube eram Rodolfo e o seu filho Adriano Crespi, italianos da cidade de Busto Arsizio, na província italiana de Varesi, próximo ao Piemonte. Rodolfo era simpatizante da Juventus, time de futebol da cidade italiana de Turim, enquanto o seu filho Adriano gostava da Fiorentina, de Florença. O nome Clube Atlético Juventus nasceu numa homenagem à Juventus de Torino, porém utilizando a cor lilás, da camisa da Fiorentina. Com o tempo aquela cor arroxeada foi passando para o grená (vinho) utilizada até os dias de hoje. Existe uma outra versão que diz que a camisa é grená em homenagem ao Torino, o outro grande clube de Turim. Assim, foram homenageados os dois clubes da cidade.
Assim, demonstrando toda essa característica contrastante, pode-se encontrar ainda hoje muitos casarões antigos, com suas fachadas em vários estilos, construídas pelos maestri, (os mestres construtores), adornadas de guirlandas e baixos relevos, objeto de admiração e estudo de novos e surpresos arquitetos, ao lado de modernas residências, assim como de estreitas ruas, típicas de velhas cidades da Europa, ao lado de largas avenidas.
Segundo pesquisa do Jornal da Tarde : "com seus 7 quilômetros quadrados de área, e uma população de mais de 63.000 habitantes, é o bairro mais com a cara de São Paulo, sendo que as suas características correspondem exatamente à média da cidade". Hoje o tradicional distrito é um dos mais valorizados da zona leste paulistana. Composto apenas por três bairros (Hipódromo, Parque da Mooca e Mooca), o distrito da Mooca atualmente passa por uma grande transformação em toda a sua extensão com desativações de antigas indústrias, fábricas e demais complexos, dando lugares a novos estabelecimentos comerciais e imponentes condomínios residenciais.
É atendido pelo metrô e pelos trens da CPTM, Com as estações: Estação Bresser-Mooca da Linha 3 Vermelha do metrô de São Paulo e pela Estação Mooca da Linha 10 da CPTM.
Área     7,7 km²
População     (71º) 63.133 hab. (2010)
Densidade     81,99 hab./há
Renda Média     R$ 2.138,90
IDH     0,909 - muito elevado (22º)

Concentração antes da prova de ciclismo na Av. Paes de Barros década de 40.


Quintal da casa Av. Paes de Barros, 1582 na década de 40 ao fundo chevrolet 1939 com gasogênio.

Rua Tamarataca década de 40 sentido Av. Paes de Barros ao fundo e do lado esquerdo entrada da vila.

Av. Paes de Barros com uma prova de ciclismo década de 40 detalhe bicicleta em velocidade.